sexta-feira, 23 de abril de 2010

Doce Solidão

Hoje fiz um passeio a um lugar de São Paulo até então desonhecido por mim. Tatuapé, ou Tatu a pé como prefereria meu pai. Poderia diz até Tatu à pé se alguem preferir assim.
Quando ainda morava em Goiânia, sentia um frio na barriga quando andava pelas ruas de São Paulo. Ficava observando as iluminadas ruas desta cidade e me deslumbrava. Era uma estranha sensação de decifrar algo novo. Depois que me mudei para ca, vária vezes me encontrei lamentando o fato de não sentir mais esse deslumbre, Não sei se o lamento era por não sentir mais, ou por saber que não sinto mais porque já me habituei à cidade.
Hoje no caminho até o Tatuapé, fui observando, uma vez que o metro que leva até lá é ao ar livre. Quando a voz falou "Proxima estação Brás" percebi que nunca havia feito aquele caminho antes. A partir dai a minha observação se tornou mais intensa, e pude novamente sentir o mesmo frio na barriga deslumbrado que sentia antes.
Uma sensação deliciosa, sentida em uma São Paulo noturna e iluminada, em um momento doce e sozinho.

1 comentários:

Isto disse...

A construção da novidade.
...
Bom texto-confissão, colega.

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